20/02/2010

0 Momentos Chave

Quando pensamos nos momentos chave da nossa vida, aqueles que definem tudo aquilo que somos, tentamos perceber como foi que chegamos à situação na qual nos encontramos hoje.

Primeiro que tudo está a ocupação dos nossos pais.
Pro bem ou pro mal, muito do que seremos será baseado neles. Sejam arquitectos ou traficantes, queremos sempre seguir-lhes as pisadas. Excepto se forem personalidades com nomes de filósofos gregos!
Depois surge aquele momento na preparatória em que nos efectuam testes psicotécnicos, para nos dizerem que aqueles triângulos cilíndricos, e que a soma dos quadrados dos catetos, na realidade significam que vamos ser médicos ou canalizadores.
No meu caso, fui dado como soprano, mas infelizmente, tanto a conservatória como a Sicília, tinham todas as vagas já preenchidas.
Mais tarde vem à tona a vontade de ser independente e arranjar um trabalho qualquer (que erro tão crasso), e é aí que se dá todo o busílis da questão!
Deveríamos ter a sorte de arranjar algo mau para primeiro, segundo e terceiro empregos. Sítios onde não nos sentíssemos bem, locais péssimos para trabalhar, onde fossemos mal tratados, pois desta forma teríamos sempre vontade de mudar, de dizer que aquilo não era para nós.
Se por um infortúnio da vida, temos o azar de conseguir um primeiro ou segundo emprego onde nos tratam bem e nos dão valor e onde o ambiente é tão bom que nos esquecemos que no dia 31 aquilo que recebemos não é grande coisa, aí está tudo estragado!
Depois de se entrar num local assim, é complicado libertarmos as amarras, ganharmos coragem para seguir em frente e arriscar a ida para um local estranho. E então, vamos ficando à espera de não se sabe bem o quê, até que chegamos ao patamar de outros colegas que dizem que até eram capazes de mudar, de fossem novos, se fosse noutra altura, se tivessem a nossa idade...

0 Three down, One to go...

Esta semana ficou concluído 3/4 do meu plano engenhoso para salvar o país.

Estou em crer que a ultima peça do puzzle será mais complicada de conseguir pois não há ninguém no estrangeiro que o queira, mas fundamentalmente porque ele parece um daqueles miúdos que quando se agarram a um brinquedo novo ou a um push-pop, nunca mais o largam.
Mas eu passo a explicar...

Há uns anos consegui ver-nos livres do pior Primeiro Ministro que Portugal teve, até 2005 claro, que foi o António Guterres.
Consegui convencer as Nações Unidas que ele era exímio na arte de dialogar (já na matemática, deixei-me ficar bem caladinho) e que era uma pessoa capaz de compreender qualquer dialecto.

Ainda presente na memória está o envio do Durão Barroso para Bruxelas, com a desculpa que ele era um pessoa muito prendada, que tocava piano e falava francês!

Esta semana atingi um patamar muito elevado no meu poder de persuasão ao conseguir enganar o Banco Central Europeu, e enviar para lá o Vítor Constâncio, dizendo que o coitadinho era muito mal pago cá e que era uma pessoa com conhecimentos profundos sobre actividades bancárias (o facto de serem ruinosas e ele não ter visto nada, isso não interessa).

Começo a desconfiar que se o BCE fosse um verdadeiro Banco tipo Fort Knox, que aquilo seria um mimo para assaltar. Hum...tratarei disso mais tarde!

Posto isto, o 1/4 final passa por conseguir enviar o Sócrates para um cargo europeu de relevo baseado nas mesmas desculpas que têm funcionado até agora.
Ainda estou em negociações com o Cavaco para vermos onde o colocar e onde isso não tenha um efeito boomerang para Portugal.

Mas fiquem descansados que apenas nos comunicamos por Código Morse e por sinais de fumo, não vá estarmos a ser escutados.

11/02/2010

0 Passatempos

Desde que me lembro, que adoro passatempos.
Já tive tantos, alguns mesmo apenas para passar o tempo.
O meu mais recente é ver as pessoas nos transportes de phones, a trautear, e tentar adivinhar o que estão a ouvir.
Mas já lá vamos...

Os primeiros passatempos que me lembro de ter, são aqueles quase obrigatórios para as crianças, pois todo o papá gosta de se poder gabar que o seu filho é o maior na natação ou no judo.
Eu também tive um pai babado, e como tal, também fiz natação. Mas foi apenas até perceber que a piscina era demasiado pequena para as minhas capacidades e ambições.
Depois fiz ju-jitsu, mas foi apenas até ver que me iam tirar o cinturão da minha cor favorita que era o branco.
Em seguida fui para uma escola de música tocar certos instrumentos de sopro que vistos a esta distância temporal me recuso a enumerar.
No entanto, nada disso me satisfez tanto como as palavras cruzadas ou a sopa de letras em plena praia debaixo de 35 graus. Aí sim, senti que poderia fazer aquilo a vida toda.

Mas a malta cresce, as miúdas subitamente começam a existir repletas de atributos até então nunca antes valorizados, e tudo muda.

Foi aí que comecei a consumir música alternativa simplesmente porque era alternativa, até perceber que toda a música alternativa só assim era rotulada pois constituía uma alternativa a tudo aquilo que gostava realmente de ouvir.
E é aproveitando esta maravilhosamente e espectacularmente bem colocada ligação que chego à actualidade e ao meu mais recente passatempo.

Ontem vi um senhor já na casa dos seus belos e maduros 50 anos a cantarolar algo que me pareceu ser o Hotel California, dos Eagles.
Há uns dias consegui seguramente presenciar um momento David Fonseca com o seu famoso assobio.
Anseio pelo dia em que, por entre lábios semicerrados, consiga vislumbrar acordes do Taras e Manias, do grande Marco Paulo.
Eu pelo menos canto-o enquanto vos escrevo.

03/02/2010

0 O Estado da Nação

Apesar do título, não pretendo entrar num debate muito aprofundado, sob pena de ver este meu pequeno rebento mergulhado na obscuridade da www.
O que se passa no nosso país é tão simplesmente culpa de todos nós. Quem se põe a jeito...
Este governo e o seu antecessor (o facto de ser o mesmo é mera coincidência), tem o condão de manter o povo controlado à semelhança do saudoso Salazar.
Abro um parêntesis para informar que considero esta expressão um pleonasmo, pois o adjectivo saudoso só deveria ser usado como referência a Salazar, fecho parêntesis.
O povo é silenciado, mantido na ignorância e impedido de se agrupar sob pensamentos que não os debitados pelo governo. Semelhanças com o passado são novamente mera coincidência.

Após um afastamento duvidoso de um certo professor por falar verdade, perdão, por falar o que não devia. Após o afastamento da pessoa que maiores bocas dirigia ao governo e do seu respectivo marido, surge agora o afastamento de um dos mais reputados jornalistas portugueses, juntamente com a tentativa de afastamento de um antigo ministro das finanças, que diz o que todos sabem mas que ninguém tem coragem para dizer por razões diversas que não convém agora expor.

A isto, chama-se o Abate dos MC's.
Tanto Mário Crespo, como Medina Carreira não mereciam tamanho ultraje.
Goste-se ou não do estilo de ambos, é notório que são pessoas que pensam pela sua própria cabeça e que não fazem fretes nem favores a ninguém, na expectativa de obter algum retorno, ao invés da maioria dos cordeirinhos deste país.

A história do Sócrates começa a parecer a fábula do Pedro e do Lobo.
No início com a história da Independente e da pseudo licenciatura, o povo pensou tratar-se de calúnia.
Depois foi a história da casa na Braancamp ter custado cerca de metade do que o T5 do vizinho. Aí, uma vez mais, pensou-se que a oposição estaria a inventar.
De seguida, rebentava a bomba Alcochete e aí já se começou a acreditar nas provas e começou-se a ficar desconfiado.
A seguir surge o caso da Tvi e do Jornal de Sexta-feira, onde já ninguém acreditou que aquilo teve os dedos todos dele... Pelo meio há histórias de projectos esquisitos oriundos da Covilhã... Nós é que já não somos da Covilhã!!
E agora é o ataque aos MC's.
É que o homem até pode ser um santo e parecer dócil em frente da Judite de Sousa a ver se ela deixar de dormir com a oposição, mas quando há muito fumo...
Atenção que a ordem cronológica dos factos acima citados poderá não ser a mais correcta mas que eles existiram lá isso existiram.

Pensava sinceramente que o Tuga era um tipo esperto, astuto e conhecedor, mas infelizmente constato que somos tão burros como americanos e italianos, que não satisfeitos da primeira experiência Bushiana e Berlusconiana, respectivamente, fomos também cometer o mesmo erro duas vezes.

Apenas para concluir que o Sócrates, qual mito grego, é uma reencarnação do Charisteas e que vai acabar por dar cabo de Portugal e pôr-nos todos a dizer novamente...Foda-se a Grécia!
 

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